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Foto: Anselmo Cunha
O cheirinho de carne de panela, de massinhas fritas na hora (que lembram o tradicional sonho), e o aroma da farinha de milho fazem parte da cozinha da família do venezuelano Maximiliano Escalona. A relação dele com Santa Maria começou em 2012. Primeiro, ele encontrou na cidade universitária a oportunidade de seguir a vida acadêmica e, agora, ele teve a ideia de empreender dividindo com os santa-marienses os sabores da Venezuela.
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Formado em Engenharia Agroindustrial em seu país, ele veio para o interior do Rio Grande do Sul para fazer mestrado na área de Ciência e Tecnologia dos Alimentos. Em 2014, retornou à Venezuela, mas sentia saudades do Coração do Rio Grande. Logo, o engenheiro agroindustrial encontrou novas oportunidades para voltar ao Brasil. Em 2017, participou da seleção de doutorado e de bolsas de pesquisas pelo CNPq e passou. Em 2019, Maximiliano trouxe a esposa, Nayibel García, e os filhos, Pedro Ignacio e Paula Isabel, de 5 anos, e o caçula, Maximiliano Alonso, de 3 anos, para Santa Maria.
No ano passado, com a chegada da pandemia, vieram os desafios. A partir da solidariedade da família, em produzir dezenas de arepas (foto à esq.), que pode receber recheios de diferentes proteínas, como carne desfiada ou frango, surgiu uma boa ideia. A Milhopão é um empreendimento familiar que produz comidas típicas venezuelanas.
- Quando vim a primeira vez, meu país não estava em crise como está agora. Aqui encontro a possibilidade de seguir com a carreira de pesquisador. Além disso, tenho um carinho muito grande por Santa Maria - conta o venezuelano.
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DELÍCIAS TÍPICAS
Maximiliano e a esposa Nayibel, que também é engenheira agroindustrial, coordenam, produzem, embalam e organizam as entregas aos clientes.
Eles perceberam que amigos próximos amavam as arepas, os tequenhos e as empanadas, típicos lanches venezuelanos, que eles oferecem no cardápio. Todos são à base de farinha de milho e podem ter recheios salgados ou doces, como é o caso dos tequenhos de chocolate e doce de leite. O valor de cada lanche, varia de R$ 3 a R$ 10. Os tequenhos vêm em porões com seis unidades, fritos na hora ou crus, para congelar e fritar em casa. Já as arepas e empanadas são por unidade. Os recheios podem ser carne desfiada, presunto e queijo, linguiça, entre outros.
- É difícil para nós, pais, manter uma família com crianças e, claro, com tudo o que elas precisam. Por isso, para oferecer o melhor que podemos, começamos a cozinhar e a vender nossos pratos típicos. As pessoas gostam muito e se interessam pelos sabores da Venezuela - explica.
Como a ideia nasceu na pandemia, Maximiliano e Nayibel vendem os lanches por tele entrega. Mas, a vontade é que, assim que for possível voltar à normalidade, a Milhopão atenda também de forma presencial. Para eles, além de possibilitar uma renda extra para a família, a Milhopão é uma oportunidade de conhecer um pouco da Venezuela mesmo com pés em Santa Maria.
VÍDEO: Amor e cuidado em todos os detalhes
MILHOPÃO
- O quê? - Comidas típicas venezuelanas, como arepas, empanadas e tequenhos, pratos a base de farinha de milho e proteínas como carnes, queijos, e doces
- Quanto - De R$ 3 a R$ 10
- Como pedir - Pelo instagram (@milhopao) ou pelo WhatsApp 55 99704-2016
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Foto: Anselmo Cunha
EMPREENDIMENTO FAMILIAR Arepas, Empanadas e Tequenhos, doces ou salgados, feitos à base de farinha de milho, estão no cardápio.